segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tutankhamon, o regresso à luz.

Howard Carter (1874-1939), ao centro, procede a um exame do sarcófago de Tutankamon após a abertura da câmara sepulcral; 1925.
No início do século XX, a Arqueologia - e, bem assim, a Egiptologia - não estavam ainda suficientemente desenvolvidas do ponto de vista académico e técnico: missões arqueológicas como a que anunciou ao mundo a descoberta do túmulo de Tutankamon em 19 de Novembro de 1922 só seriam possíveis, ou quando a próprio interesse das potências europeias jogava com uma busca de antiguidades que procuravam ser resgatadas para estudo nos principais museus europeus, ou quando o próprio trabalho arqueológico dependia do interesse ou gosto especial de um mecenas relativamente à antiguidade egípcia. Foi no último quadro, portanto, que se desenvolveu o trabalho arqueológico de Howard Carter relativamente ao túmulo de Tutankamon, fortemente patrocinado por Lord Carnarvon (1866-1923).
A expedição arqueológica de Carter vinha já a ser desenvolvida pelo menos desde 1921, após um trabalho metódico e cautelosamente desenvolvido no Vale dos Reis. Numa época em que o então estágio dos conhecimentos científicos no campo da arqueologia não estava ainda suficientemente desenvolvido, sobretudo se pensarmos que a própria expedição chegou a ser questionada pelo seu próprio financiador, todos os círculos académicos chegaram a considerar a exploração um derradeiro tiro no escuro na carreira de Carter; todos, menos Carter: em 16 de Fevereiro de 1923 a câmara funerária de Tutankamon foi finalmente aberta diante das autoridades egípcias.

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